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quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Entrevista DEALEMA

DEALEMA
“Todo o álbum tem um peso emocional bastante forte”

Entre o souncheck e toda a logística na preparação para o concerto na Sala TMN em Lisboa, estivemos uns breves minutos à conversa com os Dealema que, no dia do lançamento de “A Grande Tribulação”, revelaram um pouco o novo projecto.
H2T - Vão ter estas primeiras três datas – Faro, Lisboa e Porto - para a apresentação do novo álbum. De forma geral, como tem sido a adesão e como surgiu a oportunidade ter o Nach e o Rob Swift, no caso do Hardclub, nos concertos?

Maze - Tem corrido bem, ontem em Faro a casa não estava cheia, mas estava bem composta. Como, em termos de alinhamento, vamos ter mais músicas novas e só depois 3 ou 4 clássicos de Dealema, o público ainda está a apanhar as letras. Mas tem sido bom, os próximos concertos vão ser todos focados no novo álbum.

Mundo – Com o Nach já estava tudo combinado há muito tempo, tínhamos falado com o Fran (Manager) e ficaram agendadas estas datas, ele nunca tinha feito uma tour deste estilo em Portugal. O Rob Swift aconteceu porque a data de Dealema e Nach para o Hardclub já estava fechada e, entretanto, como o Rob Swift estava a fazer uma tour pela Europa e o Hardclub tinha a ideia de o trazer a Portugal, aproveitou-se para juntar ao alinhamento e fazer um cartaz ainda mais forte.

H2T - Falando sobre o novo álbum, “A Grande Tribulação”, o nome parece puxar ao significado bíblico do período que antecede o Apocalipse. Está relacionado ou é outro o significado na escolha do título?

Mundo - Não, os títulos dos nossos trabalhos estão sempre relacionados em torno de algo maior e o nome “Grande Tribulação” pode eventualmente ser interpretado dessa maneira para quem for religioso, mas para nós é algo diferente. No fundo é actual, não está relacionado com livros sagrados ou algo do género, é mais a nossa visão sobre a sociedade.

H2T - Escutando algumas faixas do disco, parece existir um lado sombrio mas depois outro com luz e esperança, por exemplo no tema “A última criança”. Conseguem explorar um pouco a temática geral em torno do disco?

Ex-peão – “A última criança”, que surge a fechar o disco, é a única com esperança, as outras não têm esperança nenhuma. Nós tentámos foi criar um caminho de esperança, ou seja, apesar de todo o caos e destruição na sociedade, existe sempre uma luz no final. E estava difícil encontrar essa luz ao longo do álbum, mas a “Última Criança” é isso mesmo, remata o álbum com esse registo, é o nosso single. O álbum está carregado com um peso emocional muito forte do inicio até ao fim, e tem muito mais um lado obscuro do que luminoso. Tem a ver com o conceito que pensámos e com os tempos que correm.

H2T - …acham que agora mais do que nunca as vossas letras fazem todo o sentido?
Mundo – Já faziam em 1996, o pessoal é que não percebeu na altura…

Maze – Retratam perfeitamente a sociedade dos nossos dias. Dos problemas sociais, à politica, à crise económica. O disco fala um bocado sobre esse pré-apocalipse que está instalado, e daí “A Grande Tribulação” e o ambiente obscuro, que nem foi algo propositado, foi algo que surgiu à medida que estávamos a criar. Mesmo a “A última criança”, estando no sentido oposto, faz depois todo o sentido com o álbum.

Fuse - À semelhança do "V Império", todo o trabalho, todas as músicas, estão escritas de forma bastante intensa. Dependendo da pessoa que és e da vivência que tens, há músicas que vais sentir de uma forma e outras pessoas vão sentir de outra. Por exemplo, “A última criança”, que referiste como uma música de esperança, já temos ouvido feedback contrário, de pessoas que acham que é uma música que diz não haver mesmo esperança.

H2T - Falando de elementos obscuros, olhando para o tema “Verdade e Consequência”, podem falar um pouco sobre a faixa em si?

Fuse - O videoclip tem partes de filmes antigos e o “Verdade ou consequência” acaba por ser uma metáfora, uma alegoria aos palhaços da indústria musical, não só no HipHop mas no geral.

H2T - Fizeram o “Arte de Viver” pela Optimus Discos. Este novo trabalho também é pela Optimus? Como é que surgiu essa parceria?

Mundo – Não, não temos editora. Este disco é nosso.

Maze – Uma vez encontrei o Henrique Amaro à entrada do Musicbox e ele, como estava a preparar uma nova série da Optimus Discos, lançou-nos o convite e aceitámos porque temos bastante respeito pelo Henrique Amaro, foi uma pessoa que nos ajudou desde o início.

Mundo –  De certa forma, mesmo que fosse com outra marca qualquer com o Henrique Amaro, estamos dentro.

H2T - Depois destes 3 primeiros concertos de promoção o que podemos esperar nos próximos tempos?
Mundo - Já fizemos algumas coisas a solo este ano mas agora é modo Dealema. Temos novas datas já marcadas, é o pessoal estar atento, vamos andar pelo país a promover o disco. Agora é mesmo concentração máxima.

 
FONTE : h2tuga

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